segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Resenha do filme: “Quanto vale ou é por quilo?

Resenha do filme: “Quanto vale ou é por quilo?





Nesse filme o diretor Sergio Bianchi, relata de forma impactante as tristezas e angustias que os escravos passaram naquele tempo, onde os escravos eram obrigados servir e honrar seus senhores ou então eram castigados severamente.

Cenas que chocam a dignidade humana, pessoas que fingiam serem solidarias, mas que na realidade somente estavam tirando benefícios próprios.

Com o passar do tempo apesar da libertação já ser um direito de todos, alguns escravos compraram sua própria liberdade, porém libertados de seus senhores não tinham onde se refugiar, viviam sem abrigo sem alimento sem dignidade própria onde o único modo de sobrevivência era roubar, tinham a liberdade nas mãos, mas eram escravos do medo e da miséria.

Atualmente tem se discutido muito como lidar com as diferenças, mas não chegam a nenhuma solução possível, o número de pessoas excluídas da sociedade tem aumentado continuamente, a fome tem estado presente na vida de muitos que foram esquecidos por uma sociedade leviana e egoísta demais.  

A idéia principal do filme é mostrar a dura realidade e semelhança entre os tempos da escravidão e do racismo e da violência e marginalização dos tempos de hoje.

Mostrar a sociedade de alto poder aquisitivo o real problema das ruas e da pobreza, para que não fechem os olhos diante de situações onde ser humanos são tratados como mercadoria e não como gente.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Roteiro do filme



Resenha do filme: “Cafundó”



Direção: Paulo Betti e Clóvis Bueno
   



Ficha técnica:

Produtora: Prole de Ação.


Ano: 2005.


Direção: Clóvis Bueno, Paulo Betti.


Direção de arte: Vera Hamburger.


Direção de fotografia: José Roberto Eliezer.


Produção Executiva: Virginia W. Moraes Caio Gullane, Fabiano Gullane, R. A. Gennaro. Roteiro: Clóvis Bueno.


Produção: Paulo Betti.


Co-produção: Gullane Filmes Tele imagem.


Som: Márcio Câmara, Beto Ferraz.


Produção de finalização: Eliane Ferreira.


Maquiagem: Anna Van Steen. Figurino: Bia Salgado.


 Elenco Principal: Lázaro Ramos (João), Leona Cavalli (Rosário), Leandro Firmino (Cirino), Valéria Monã (Levinda), Chica Lopes (Nhá Chica), Ernani Moraes (Coronel Justino), Francisco Leão (Alfredinho).


No inicio do filme, João passa seu tempo ao lado de seus amigos Cirino, Levinda e Teodoro, roubam para se manterem vivos. Eles trabalham, sempre em serviços duros e que mal os sustentam, representando bem a realidade vivida pelos negros libertados naquela época no Brasil.


Envolvendo um grande mistério ligado a religião, a cruz é vista como uma representação da religião presentes em varias cenas do filme, a religião Umbanda que é praticada em lugares inusitados, como a mãe de João relata ao contar a historia de Alfredinho.


Em uma destas festas também vistas como rituais que João conhece Rosário, personagem vivida por Leona Cavalli, uma mulher cheia de mistérios. Os dois então decidem se casar e passam a viver uma vida de trabalho pesado e duro num milharal da cidade, mas que mal os sustentam. O clima de mistério durante o filme que envolve também o mistério da religião.


O Mistério aumenta cada vez mais durante o filme, numa cena em que João e Rosário vão ate a cidade vender seus milhos e encontram na cidade uma grande parte da população contaminada pela febre amarela. Passando pela cidade uma vidente observa Rosário não gosta do jeito da moça e lhe roga uma maldição. Ambos ficam preocupados com tudo que acontecera com a maldição e com a epidemia da febre que era muito comum naquela época pelo fato da medicina ainda desconhecer algumas doenças.


Alguns dias depois João decide ir visitar sua mãe e a encontra muito mal, pois havia contraído a febre e se encontra num estado terminal.


Como não havia muito que fazer João decide voltar para casa ver Rosário. Chegando a casa João fica decepcionado e desolado de tristeza ao encontrar sua mulher Rosário aos braços de outro homem, a revolta é tanta que João persegue os dois com uma vara, Rosário vai embora e João mesmo desorientado decide seguir com sua vida normal. Mas em alguns momentos desolado pela solidão João se embriaga e começa a ter alucinações e numa destas alucinações João tem um encontro espiritual com o falecido padre João Soares, com o menino Alfredinho. A partir dessas “visões” ele decide construir uma igreja onde faz sacrifícios com sangue e cura doenças sendo considerado então um feiticeiro e por causa disto é preso.


Mas para a maioria da população negra João é considerado Santo, por fazer tais milagres e pela sua fé elevada que o fazia ser diferente.


Como na realidade, a história vivida em Cafundó, a fé para algumas pessoas é o principal fundamento da vida terrena e por mais que o preconceito repudia essas crenças, a fé expressa o direito da liberdade de se acreditar e seguir o que quiser apesar de jamais serem comprovados pela lógica humana.