segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Resenha do filme: “Quanto vale ou é por quilo?

Resenha do filme: “Quanto vale ou é por quilo?





Nesse filme o diretor Sergio Bianchi, relata de forma impactante as tristezas e angustias que os escravos passaram naquele tempo, onde os escravos eram obrigados servir e honrar seus senhores ou então eram castigados severamente.

Cenas que chocam a dignidade humana, pessoas que fingiam serem solidarias, mas que na realidade somente estavam tirando benefícios próprios.

Com o passar do tempo apesar da libertação já ser um direito de todos, alguns escravos compraram sua própria liberdade, porém libertados de seus senhores não tinham onde se refugiar, viviam sem abrigo sem alimento sem dignidade própria onde o único modo de sobrevivência era roubar, tinham a liberdade nas mãos, mas eram escravos do medo e da miséria.

Atualmente tem se discutido muito como lidar com as diferenças, mas não chegam a nenhuma solução possível, o número de pessoas excluídas da sociedade tem aumentado continuamente, a fome tem estado presente na vida de muitos que foram esquecidos por uma sociedade leviana e egoísta demais.  

A idéia principal do filme é mostrar a dura realidade e semelhança entre os tempos da escravidão e do racismo e da violência e marginalização dos tempos de hoje.

Mostrar a sociedade de alto poder aquisitivo o real problema das ruas e da pobreza, para que não fechem os olhos diante de situações onde ser humanos são tratados como mercadoria e não como gente.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Roteiro do filme



Resenha do filme: “Cafundó”



Direção: Paulo Betti e Clóvis Bueno
   



Ficha técnica:

Produtora: Prole de Ação.


Ano: 2005.


Direção: Clóvis Bueno, Paulo Betti.


Direção de arte: Vera Hamburger.


Direção de fotografia: José Roberto Eliezer.


Produção Executiva: Virginia W. Moraes Caio Gullane, Fabiano Gullane, R. A. Gennaro. Roteiro: Clóvis Bueno.


Produção: Paulo Betti.


Co-produção: Gullane Filmes Tele imagem.


Som: Márcio Câmara, Beto Ferraz.


Produção de finalização: Eliane Ferreira.


Maquiagem: Anna Van Steen. Figurino: Bia Salgado.


 Elenco Principal: Lázaro Ramos (João), Leona Cavalli (Rosário), Leandro Firmino (Cirino), Valéria Monã (Levinda), Chica Lopes (Nhá Chica), Ernani Moraes (Coronel Justino), Francisco Leão (Alfredinho).


No inicio do filme, João passa seu tempo ao lado de seus amigos Cirino, Levinda e Teodoro, roubam para se manterem vivos. Eles trabalham, sempre em serviços duros e que mal os sustentam, representando bem a realidade vivida pelos negros libertados naquela época no Brasil.


Envolvendo um grande mistério ligado a religião, a cruz é vista como uma representação da religião presentes em varias cenas do filme, a religião Umbanda que é praticada em lugares inusitados, como a mãe de João relata ao contar a historia de Alfredinho.


Em uma destas festas também vistas como rituais que João conhece Rosário, personagem vivida por Leona Cavalli, uma mulher cheia de mistérios. Os dois então decidem se casar e passam a viver uma vida de trabalho pesado e duro num milharal da cidade, mas que mal os sustentam. O clima de mistério durante o filme que envolve também o mistério da religião.


O Mistério aumenta cada vez mais durante o filme, numa cena em que João e Rosário vão ate a cidade vender seus milhos e encontram na cidade uma grande parte da população contaminada pela febre amarela. Passando pela cidade uma vidente observa Rosário não gosta do jeito da moça e lhe roga uma maldição. Ambos ficam preocupados com tudo que acontecera com a maldição e com a epidemia da febre que era muito comum naquela época pelo fato da medicina ainda desconhecer algumas doenças.


Alguns dias depois João decide ir visitar sua mãe e a encontra muito mal, pois havia contraído a febre e se encontra num estado terminal.


Como não havia muito que fazer João decide voltar para casa ver Rosário. Chegando a casa João fica decepcionado e desolado de tristeza ao encontrar sua mulher Rosário aos braços de outro homem, a revolta é tanta que João persegue os dois com uma vara, Rosário vai embora e João mesmo desorientado decide seguir com sua vida normal. Mas em alguns momentos desolado pela solidão João se embriaga e começa a ter alucinações e numa destas alucinações João tem um encontro espiritual com o falecido padre João Soares, com o menino Alfredinho. A partir dessas “visões” ele decide construir uma igreja onde faz sacrifícios com sangue e cura doenças sendo considerado então um feiticeiro e por causa disto é preso.


Mas para a maioria da população negra João é considerado Santo, por fazer tais milagres e pela sua fé elevada que o fazia ser diferente.


Como na realidade, a história vivida em Cafundó, a fé para algumas pessoas é o principal fundamento da vida terrena e por mais que o preconceito repudia essas crenças, a fé expressa o direito da liberdade de se acreditar e seguir o que quiser apesar de jamais serem comprovados pela lógica humana.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012


Aspecto do tráfico de escravos de Angola para o Brasil século XVII:
                                        Prolegômenos do inferno
    O tráfico de escravos para o Brasil refere-se ao período da história em que houve uma migração forçada de Africanos para o Brasil. Portugueses, brasileiros e mais tarde holandeses dominaram um comércio que envolveu a movimentação de milhares de pessoas.O comércio de escravos estava solidamente implantado no continente africano e existiu durante milhares de anos.
   Os portugueses começaram o seu contacto com os mercados de escravos africanos para resgatar cativos civis e militares desde o tempo da Reconquista. Nesta época o Alfaqueque era a pessoa que tinha por missão tratar do resgate de cativos. Quando Catarina de Áustria,autoriza o tráfico de escravos para o Brasil o comércio de escravos oriundos da África, que antes era dominado pelos africanos, passa a ser também dominado por europeus. O tráfico de escravos para o Brasil não era exclusivo de comerciantes brancos europeus e brasileiros, mas era uma atividade em que os pumbeiros, que eram mestiços, negros livres e também ex-escravos,não só se dedicavam ao tráfico de escravos como controlavam o comércio costeiro,no caso de Angola,também parte do comércio interior
Os colonos encontraram grandes dificuldades no recrutamento da mão de obra e na falta de capitais para financiar a montagem dos engenhos de açúcar.As várias epidemias que, a partir de 1560, dizimavam os escravos índios em proporções alarmantes originou a que Coroa portuguesa fizesse leis que proibiam de forma parcial a escravatura de índios isto é,proibiam a escravização dos índios convertidos e só permitiam a captura de escravos através de guerra justa contra os índios que combatessem ou devorassem os Portugueses, ou os Índios aliados, ou os escravos; esta guerra justa deveria ser decretada pelo soberano ou pelo Governador.
Quanto os holandeses começaram ocupar as regiões produtoras de açúcar no Brasil e para suprir a falta de mão de obra escrava, em 1638 lançam-se na conquista do entreposto português de São Jorge da Mina e em 1641 organizam a invasão de Angola.
Argumenta-se que a sobrevivência das primeiras engenhocas,o plantio de cana-de-açúcar, do algodão,do café e do fumo foram os elementos decisivos para que a metrópole enviasse para o Brasil os primeiros escravos africanos, vindos de diversas partes da África, trazendo consigo, seus hábitos, costumes, música, dança, culinária, língua, mitos, ritos e a religião, que se infiltrou no povo, formando, ao lado da religião católica, as duas maiores religiões do Brasil.
Quando os portugueses chegaram a África, encontraram um mercado africano de escravos largamente implementado e bastante extenso.Os africanos eram escravizados por diversos motivos antes de serem adquiridos.
Ainda quando estavam em África, a taxa de mortalidade dos africanos no percurso que faziam desde o local em que eram capturados até ao litoral onde eram vendidos ou embarcados estima-se em quarenta por cento. Durante a travessia do Atlântico, a taxa de mortalidade era menor, situando-se em cerca de quinze por cento, mas com maior ou menor incidência dependendo das epidemias e das condições existentes em cada navio.



Conclusão:
No texto o autor relata que no século XVI, as pessoas escravizadas já correspondiam a 6% do total da população, mas que para isso acontecesse os mouros no século XV foram sendo substituídos pelos negros africanos.
Por conta dos interesses dos missionários e as iniciativas legislativas da coroa constituíram obstáculos suplementares e nem sempre despiciendos foi tendo redução dos autóctones ao cativeiro, por isso decidiu favorecer o recurso sistemático a importância de negros africanos, por serem também, uma fonte maior de rendimento pois possuíam condições físicas e psicológicas para o trabalho duro principalmente no engenho e na mineração sendo assim o século XVII se tornaria a maior fonte da América Portuguesa.
Com esse fornecimento de escravos por toda parte João De Almeida Rios em 1965 declara interesse em resgatar os negros e os levaria para o Brasil.O resgate dos escravos exigiam muitos esforços alem de uma reserva mínima determinada a manutenção e da fazenda para o resgate.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Tarsila do Amaral - Análise de Obras


As obras de Tarsila do Amaral são obras de arte figurativa. Pois em cada obra contém representações de situações, temas, pessoas, flora, fauna, objetos dentre outros aspectos. Em todos os seus quadros existem um porque da realização de sua obra e um caráter subjetivo. Na maioria dos seus quadros se representam aspectos do Brasil no seu todo, desde suas caracteristicas fisicas, como o social. São quadros que estimulam a reflexão e o conhecimento do pais em que se vive. São obras de caráter simbólico, que tem um enorme valor artistico e cultural para o Brasi, que é reconheçido internacionalmente.

Obras - Tarsila do Amaral

Chapeu Azul Chapéu Azul - Esta tela foi realizada depois de Tarsila frequentar o ateliê de Emile Renard. As telas dessa época possuem uma grande suavidade e uma atmosfera lírica.
Auto-retrato Auto-retrato ou Manteau Rouge - Em Paris, Tarsila foi a um jantar em homenagem a Santos Dumont com esta maravilhosa capa (Manteau Rouge, em francês, significa casaco, manto vermelho). Além de linda, usava roupas muito elegantes e exóticas, e sua presença era marcante em todos os lugares que freqüentava. Depois desse jantar, pintou este maravilhoso auto-retrato.
A Negra A Negra - Esta tela foi pintada por Tarsila em Paris, enquanto tomava aulas com Fernand Léger. A tela o impressionou tanto que ele a mostrou para todos os seus alunos, dizendo que se tratava de um trabalho excepcional. Em A Negra temos elementos cubistas no fundo da tela e ela também é considerada antecessora da Antropofagia na pintura de Tarsila. Essa negra de seios grandes, fez parte da infância de Tarsila, pois seu pai era um grande fazendeiro, e as negras, geralmente filhas de escravos, eram as amas-secas, espécies de babás que cuidavam das crianças.
EFCB EFCB (Estação de Ferro Central do Brasil) - Este quadro foi pintado depois da viagem a Minas Gerais com o grupo modernista. Foi então que Tarsila começou a pintura intitulada Pau-Brasil, com temas e cores bem brasileiros. Esta tela foi pintada para participar da exposição-conferência sobre modernismo do poeta Blaise Cendrars realizada em São Paulo, em junho de 1924.
Carnaval em Madureira Carnaval em Madureira - Tarsila veio de Paris e passou o carnaval de 1924 no Rio de Janeiro. É curioso ver que ela colocou a famosa Torre Eiffel no meio da favela carioca.
A Cuca A Cuca - Tarsila pintou este quadro no começo de 1924 e escreveu à sua filha dizendo que estava fazendo uns quadros "bem brasileiros", e a descreveu como "um bicho esquisito, no meio do mato, com um sapo, um tatu, e outro bicho inventado". Este quadro é também considerado um prenúncio da Antropofagia na obra de Tarsila e foi doado por ela ao Museu de Grenoble na França.
O Pescador O Pescador - Este quadro tem um colorido excepcional e trata de um tema bem brasileiro: um pescador num lago em meio a uma pequena vila com casinhas e vegetação típica. Este quadro foi exposto em Moscou, na Rússia em 1931 e foi comprado pelo governo russo.


Religião Brasileira Religião Brasileira - Certa vez Tarsila chegou de viagem da Europa, desembarcou no porto de Santos e foi comprar doces caseiros em uma casinha bem simples de pescadores. Ao entrar observou um pequeno altar com vários santinhos, enfeitados por vasinhos e flores de papel crepom. Achou aquilo tão pitoresco e pintou esta maravilhosa tela.
Manacá Manacá - Linda tela, com um colorido forte. Esta flor é representada por Tarsila de uma maneira particular, bem típica da obra dela.
Abaporu Abaporu - Este é o quadro mais importante já produzido no Brasil. Tarsila pintou um quadro para dar de presente para o escritor Oswald de Andrade, seu marido na época. Quando viu a tela, assustou-se e chamou seu amigo, o também escritor Raul Bopp. Ficaram olhando aquela figura estranha e acharam que ela representava algo de excepcional. Tarsila lembrou-se então de seu dicionário tupi-guarani e batizaram o quadro como Abaporu (o homem que come). Foi aí que Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e criaram o Movimento Antropofágico, com a intenção de "deglutir" a cultura européia e transformá-la em algo bem brasileiro. Este Movimento, apesar de radical, foi muito importante para a arte brasileira e significou uma síntese do Movimento Modernista brasileiro, que queria modernizar a nossa cultura, mas de um modo bem brasileiro. O "Abaporu" foi a tela mais cara vendida até hoje no Brasil, alcançando o valor de US$1.500.000. Foi comprada pelo colecionador argentino Eduardo Costantini.
O Lago O Lago - Maravilhosa tela da fase Antropofágica, com o colorido e o tema tão típicos de Tarsila. Seu sobrinho Sérgio comprou a tela e permaneceu com ela por muitos anos.

O Ovo ou Urutu O Ovo ou Urutu - Nesta tela temos símbolos muito importantes da Antropofagia. A cobra grande é um bicho que assusta e tem um poder de "deglutição". A partir daí, o ovo é uma gênese, o nascimento de algo novo e esta era a proposta da Antropofagia. Esta tela pertence ao importante acervo de Gilberto Chateaubriand e está sempre sendo exibida em grandes exposições.
A Lua A Lua - Este quadro era o preferido de Oswald de Andrade, seu marido quando pintou a tela. Ele conservou o quadro até sua morte (mesmo já separado de Tarsila).
Cartão Postal Cartão Postal - Vemos a lindíssima cidade do Rio de Janeiro nesta tela, que é o maior Cartão Postal do Brasil. O macaco é um bicho Antropofágico de Tarsila que compõe a tela.
Antropofagia Antropofagia - Nesta tela temos a junção do "Abaporu" com "A Negra". Este aparece invertido em relação ao quadro original. Trata-se de uma das telas mais significativas de Tarsila e o colecionador Eduardo Costantini, dono do "Abaporu", está muito interessado no quadro e já ofereceu uma soma muito alta por ele (que foi recusada pelos atuais donos).
 Fonte: http://www.tarsiladoamaral.com.br/versao_antiga/historia.htm

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Biografia - Tarsila do Amaral

INFÂNCIA E APRENDIZADO

Tarsila do Amaral nasceu em 1 de setembro de 1886, no Município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha do fazendeiro José Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, passou a infância nas fazendas de seu pai. Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, 'Sagrado Coração de Jesus', 1904. Quando voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com quem teve a única filha, Dulce.
      
Separaram-se alguns anos depois e então iniciou seus estudos em arte. Começou com escultura, com Zadig, passando a ter aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino em 1918, onde conheceu Anita Malfatti. Em 1920, foi estudar em Paris, na Académie Julien e com Émile Renard. Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro) através das cartas da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, o também escritor Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências. Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois antes ela só havia feito estudos acadêmicos. Em dezembro de 22, ela voltou a Paris e Oswald foi encontrá-la.

1923

Neste ano, Tarsila encontrava-se em Paris acompanhada do seu namorado Oswald. Conheceram o poeta franco suíço Blaise Cendrars, que apresentou toda a intelectualidade parisiense para eles. Foi então que ela estudou com o mestre cubista Fernand Léger e pintou em seu ateliê, a tela 'A Negra'. Léger ficou entusiasmado e até chamou os outros alunos para ver o quadro. A figura da Negra tinha muita ligação com sua infância, pois essas negras eram filhas de escravos que tomavam conta das crianças e, algumas vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a estória da arte moderna brasileira. A artista estudou também com Lhote e Gleizes, outros mestres cubistas. Cendrars também apresentou a Tarsila pintores como Picasso, escultores como Brancusi, músicos como Stravinsky e Eric Satie. E ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti, e os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes Penteado.
Tarsila oferecia almoços bem brasileiros em seu ateliê, servindo feijoada e caipirinha. E era convidada para jantares na casa de personalidades da época, como o milionário Rolf de Maré. Além de linda, vestia-se com os melhores costureiros da época, como Poiret e Patou. Em uma homenagem a Santos Dumont, usou uma capa vermelha que foi eternizada por ela no auto-retrato 'Manteau Rouge', de 1923.

PAU BRASIL

Em 1924, Blaise Cendrars veio ao Brasil e um grupo de modernistas passou com ele o Carnaval no Rio de Janeiro e a Semana Santa nas cidades históricas de Minas Gerais. No grupo estavam além de Tarsila, Oswald, Dona Olívia Guedes Penteado, Mário de Andrade, dentre outros. Tarsila disse que foi em Minas que ela viu as cores que gostava desde sua infância, mas que seus mestres diziam que eram caipiras e ela não devia usar em seus quadros. 'Encontei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, ...' E essas cores tornaram-se a marca da sua obra, assim como a temática brasileira, com as paisagens rurais e urbanas do nosso país, além da nossa fauna, flora e folclore. Ela dizia que queria ser a pintora do Brasil. E esta fase da sua obra é chamada de Pau Brasil, e temos quadros maravilhosos como 'Carnaval em Madureira', 'Morro da Favela', 'EFCB', 'O Mamoeiro', 'São Paulo', 'O Pescador', dentre outros.
Em 1926, Tarsila fez sua primeira Exposição individual em Paris, com uma crítica bem favorável. Neste mesmo ano, ela casou-se com Oswald (o pai de Tarsila conseguiu anular em 1925 o primeiro casamento da filha para que ela pudesse se casar com Oswald). Washington Luís, o Presidente do Brasil na época e Júlio Prestes, o Governador de São Paulo na época, foram os padrinhos deles.

ANTROPOFAGIA

Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário especial ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o 'Abaporu'. Quando Oswald viu, ficou impressionado e disse que era o melhor quadro que Tarsila já havia feito. Chamou o amigo e escritor Raul Bopp, que também achou o quadro maravilhoso. Eles acharam que parecia uma figura indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário Tupi Guarani de seu pai. Batizou-se o quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico. A figura do Abaporu simbolizou o Movimento que queria deglutir, engolir, a cultura européia, que era a cultura vigente na época, e transformá-la em algo bem brasileiro.

Outros quadros desta fase Antropofágica são: 'Sol Poente', 'A Lua', 'Cartão Postal', 'O Lago', 'Antropofagia', etc. Nesta fase ela usou bichos e paisagens imaginárias, além das cores fortes.

A artista contou que o Abaporu era uma imagem do seu inconsciente, e tinha a ver com as estórias de monstros que comiam gente que as negras contavam para ela em sua infância. Em 1929 Tarsila fez sua primeira Exposição Individual no Brasil, e a crítica dividiu-se, pois ainda muitas pessoas ainda não entendiam sua arte.
Ainda neste ano de 1929, teve a crise da bolsa de Nova Iorque e a crise do café no Brasil, e assim a realidade de Tarsila mudou. Seu pai perdeu muito dinheiro, teve as fazendas hipotecadas e ela teve que trabalhar. Separou-se de Oswald.

SOCIAL E NEO PAU BRASIL

Em 1931, já com um novo namorado, o médico comunista Osório Cesar, Tarsila expôs em Moscou. Ela sensibilizou-se com a causa operária e foi presa por participar de reuniões no Partido Comunista Brasileiro com o namorado. Depois deste episódio, nunca mais se envolveu com política. Em 1933 pintou a tela 'Operários'. Desta fase Social, temos também a tela 'Segunda Classe'. A temática triste da fase social não fazia parte de sua personalidade e durou pouco em sua obra. Ela acabou com o namoro com Osório, e em meados dos anos 30, Tarsila uniu-se com o escritor Luís Martins, mais de vinte anos mais novo que ela. Ela trabalhou como colunista nos Diários Associados por muitos anos, do seu amigo Assis Chateaubriand. Em 1950, ela voltou com a temática do Pau Brasil e pintou quadros como 'Fazenda', 'Paisagem ou Aldeia' e 'Batizado de Macunaíma'. Em 1949, sua única neta Beatriz morreu afogada, tentando salvar uma amiga em um lago em Petrópolis.
Tarsila participou da I Bienal de São Paulo em 1951, teve sala especial na VII Bienal de São Paulo, e participou da Bienal de Veneza em 1964. Em 1969, a mestra em história da arte e curadora Aracy Amaral realizou a Exposição, 'Tarsila 50 anos de pintura'. Sua filha faleceu antes dela, em 1966.

Tarsila faleceu em janeiro de 1973.

Fonte: http://www.tarsiladoamaral.com.br

 

 

Tarsila do Amaral

                                       Tarsila do Amaral
                                                       (1886 - 1973)

Ana Mae Barbosa



O fazer é muito importante para despertar a capacidade perceptiva para as nuances da construção artística.

Paulo Freire

Me movo como educador, porque,
primeiro, me movo como gente.

Rosa Iavelberg



Aprender arte favorece a participação social pelo viés das trocas simbólicas.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Jean Piaget








Quando olho uma criança ela me inspira dois sentimentos, ternura pelo que é, e
respeito pelo que posso ser.

ATIVIDADE - ARTE FIGURATIVA




ATIVIDADE DE ARTE FIGURATIVA.

O professor poderá dispor os alunos em fila e perguntar:

Quem é o maior?
Quem é o menor?
Há crianças do mesmo tamanho nesta fila? 

Após as perguntas a professora mede os alunos com uma fita métrica e corta um barbante com a mesma medida e entrega a cada um deles. Depois faz o mesmo com os demais alunos.
Os alunos comparam entre si os tamanhos dos barbantes e usam esse critério para dividirem-se em grupos. A professora confere as medidas e juntamente com os alunos monta um mural onde aparece o nome do aluno e cola embaixo a ponta do barbante que representa a sua altura. Os demais barbantes vão sendo pendurados em ordem crescente.

A atividade seguinte é a construção do gráfico.
Após selecionar três medidas (alunos de tamanho menor, médio e maior), a professora faz a representação no quadro.:

Arte Figurativa






Arte figurativa

Arte figurativa representa temas como pessoas, objetos como um vaso ou uma garrafa, um animal, uma flor, uma paisagem, dentre outros. Ela pode ser realista ou estilizada. É o tipo de arte que se desenvolve principalmente na pintura pela representação, de seres e objetos em suas formas reconhecíveis para aqueles que as olham.

Atividade - arte abstrata


Atividade sobre arte abstrata

Antes de iniciar a atividade  a professora deverá conversar com os alunos, retomando os conhecimentos compartilhados em aulas anteriores acerca da pintura abstrata. Questionando os alunos sobre as características do estilo da pintura abstrata que tem em sua composição, linhas, cores, formas geométricas e diferentes texturas.
A Professora leva para sala imagens de obras de arte abstrata para as crianças apreciarem. Questiona:
  • Quais as cores mais usadas pelo artista?
  • Qual o tema escolhido pelo artista?
  • Quais as formas usadas na obra?

Arte Abstrata de Vassarely




Arte Abstrata



Arte Abstrata

ARTE ABSTRATA
Os pensamentos levam a mão do artista a produzirem o real dentro do irreal.

ABSTRACIONISMO

A arte abstrata tende a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos, as cores e a significação que esses elementos podem sugerir ao espírito. Quando a significação de um quadro depende essencialmente da cor e da forma, quando o pintor rompe os últimos laços que ligam a sua obra à realidade visível, ela passa a ser abstrata.

O Abstracionismo apresenta várias fases, desde a mais sensível até a intelectualidade máxima.